Segundo Ipea, Artur Nogueira está melhor para se viver

Artur Nogueira se tornou uma cidade melhor para se viver. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgados pela Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) da cidade caiu dos anos 2000 a 2010, passando de 0,351 para 0,260 – o índice vai até 1. O dado aponta que a cidade possui melhores condições de vida, o que inclui infraestrutura e condições de trabalho. Segundo especialista, se o município investir nos serviços básicos e ampliar as ofertas de emprego, o IVS pode baixar ainda mais.

As informações fazem parte do Atlas da Vulnerabilidade Social desenvolvido pelo Ipea, que verificou 5.565 munícipios brasileiros, 27 Unidades da Federação (UF), 20 Regiões Metropolitanas (RM) e suas respectivas Unidades de Desenvolvimento Humano (UDH). O Atlas traz, além do IVS, mais 85 indicadores de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e desenvolvimento humano, com dados extraídos dos censos demográficos de 2000 e 2010.

O IVS é o resultado da média dos subíndices de Infraestrutura Urbana, Capital Humano e Renda de Trabalho. Em que Infraestrutura Urbana analisa o percentual de pessoas em domicílios com abastecimento de água e esgotamento sanitário inadequados, percentual da população que vive em domicílios urbanos sem serviço de coleta de lixo, percentual de pessoas que vivem em domicílios com renda per capita inferior a meio salário mínimo e que gastam mais de uma hora até o trabalho no total de pessoas ocupadas, vulneráveis e que retornam diariamente do trabalho. O subíndice de Capital Humano faz uma descrição demográfica da população. E o de Renda e Trabalho compreende os dados relativos à renda média das famílias e sua colocação no mercado de trabalho. Quanto menor a nota, melhor está avaliada a cidade.

Em todos os subíndices de IVS, Artur Nogueira apresentou queda. Em Renda e Trabalho a baixa foi de 0,378 (em 2000) para 0,228 (2010); em Infraestrutura Urbana de 0,265 (2000) para 0,257 (2010); e em Capital Humano de 0,410 (2000) para 0,295 (2010).

Segundo o geógrafo Maico Diego Machado os resultados são positivos. “Esta queda que é apresentada por Artur Nogueira, de 0,351 para 0,260, representa uma melhora considerável nos serviços públicos de saúde, trabalho e educação, na renda média da população e, sobretudo, na infraestrutura urbana que sustenta a cidade enquanto espaço de vivência e construção da sociedade nogueirense.”

Machado frisa que para evitar a elevação do IVS, a gestão pública deve continuar investindo na manutenção e ampliação dos serviços básicos (educação, saúde, moradia e saneamento básico). O especialista afirma, no entanto, que seria impossível uma cidade chegar ao índice zero. “As cidades são dinâmicas, sobretudo nas regiões metropolitanas, como Artur Nogueira, a cada dia recebendo mais moradores que alteram o perfil do mercado de trabalho, demandam infraestrutura e são consumidores.”

Porém, para Machado, é possível que Artur Nogueira caia ainda mais nos índices, se “continuar investindo nos serviços básicos e ampliando as ofertas de emprego dentro de um projeto de sociedade voltado ao cidadão”.