Arraiá vegano arrecada R$ 1,5 mil para protetores de animais de Artur Nogueira
Evento reuniu mais de 200 pessoas no Centro Cultural Tom Jobim
O 1º Arraiá Vegano de Artur Nogueira arrecadou R$ 1,5 mil aos protetores de animais do município. O evento beneficente aconteceu das 16 às 20 horas do último sábado (25) e reuniu cerca de 200 pessoas no Centro Cultural Tom Jobim. A organização já fala em próximas edições.
Todos os alimentos vendidos não continham produtos de origem animal. O cardápio continha pipoca; pastel de carne de soja; pastel de legumes; mini pizza com queijo vegano; rissoles de escarola e rissoles de berinjela; cup cakes de cenoura com cacau, fubá com goiabada e milho; maçã do amor, arroz doce; brigadeiro de amendoim; doce de banana; tapioca e quentão.
Os alimentos foram preparados por voluntários e feitos com produtos doados pelo comércio local.
Além do dinheiro foram arrecadados na festa latas, roupas, uma castração e 30 quilos de ração.
Para uma das organizadoras Gabriela Calheiros o evento foi “uma reunião de gente do bem”. “Apesar da chuva, do frio, do atraso, estavam todos lá de coração aberto para tudo o que quisemos mostrar”, avalia. “Foi ótimo! E com certeza superou nossas expectativas. No início achamos que havíamos arriscado muito com a quantidade de coisas e quando vimos já não tinha mais nada. Foi muito prazeroso.”
Um abaixo assinado pedindo o fim dos rodeios em Artur Nogueira também foi elaborado. Até o final do evento 100 assinaturas haviam sido coletadas. Mas a organização diz que dará sequencia ao projeto. “Artur Nogueira não precisa de rodeios”, disse outra das organizadoras, Isadora Stentzler. “Queremos que a cidade tenha festas, mas sem o uso de animais. Muitas cidades já conseguiram essa vitória e baniram tanto rodeios como qualquer outra atividade que envolva o uso deles. Vamos lutar para conseguir isso aqui.”
Grupos de Limeira, Jaguariúna, Sumaré, Americana, Hortolândia, Paulínia, Cosmópolis e Mogi Mirim compareceram ao evento.
A educadora Amanda Cristina Stefan, de 29 anos, veio de Limeira só para participar da festa. Para ela que é vegana o evento trouxe à tona o debate sobre especismo. “Compareci ao evento porque, além de ter sido por uma causa legítima – ajudar os protetores de animais da cidade – ainda predominou a coerência”, disse se referindo ao fato de que muitas pessoas que dizem proteger animais não se importam em financiar os abatedouros devido ao consumo de carne. “E a comida estava maravilhosa na festa”, continuou. “O que demonstra que a comida vegana é sim muito boa, além do que os preços estavam super acessíveis desconstruindo a ideia de que veganismo é uma causa elitista.”
O som ficou por conta das bandas Persevere Hardocre, Harmônicos Crew, FD3 – que há alguns meses abriu o show do Emicida, em Campinas –, Saray Tainan e Arthur Lindemute.
Cerca de 15 protetores serão beneficiados com o lucro, o que soma mais de 300 animais. Muitos desses protetores recebem ajuda com castrações da ONG Rede de Proteção Animal e Ambiental de Artur Nogueira, mas o número é baixo devido a demanda do município.
Veganismo é um estilo de vida em que as pessoas evitam usar produtos que tenham origem animal. O mesmo grupo também é contra a qualquer festa que inclua o envolvimento de animais, como rodeios, e os testes em animais. Na alimentação, por exemplo, eles não incluem ovos, leites e qualquer tipo de carnes.
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