09/11/2011

Discussão interna gera polêmica na Apae de Artur Nogueira

Presidente e professora da associação discutem em reunião

Alex Bússulo

Depois de reportagem publicada no último sábado, 5, no Jornal Mais, o presidente da Apae de Artur Nogueira, João Nunes Viveiros Filho, convocou uma coletiva de imprensa durante a manhã de terça-feira, 8, para se defender das acusações feitas pela professora da associação, Fátima Carvalho Frederico.

Entre as denúncias feitas, a professora afirma que vem sofrendo pressão por parte do presidente da Apae e que o mesmo já a humilhou perante os colegas, não aceitando inclusive um atestado médico trazido por Fátima, que teve o dia de falta descontado em seu holerite. Fátima ainda afirma que pessoas da família do presidente que frequentam ou trabalham na instituição recebem regalias perante outros alunos e funcionários.

A discussão aconteceu em uma das salas da associação, em Artur Nogueira, e reuniu professores, membros da diretoria, funcionários, pais, voluntários, o presidente da Apae e a imprensa local. A professora que fez as denúncias também esteve presente na sala.

Durante a coletiva, por vários momentos houve alteração de voz entre Viveiros e Fátima, cada um defendendo seu ponto de vista. O presidente perguntou para alguns dos funcionários presentes se eram verídicas as denúncias feitas pela professora, alguns defenderam Viveiros, outros concordaram com a visão da professora.

Fátima confirmou todas as denúncias e com apoio de outra professora, Maria Helena, desabafou. “O que eu fiz foi um apelo no jornal, porque diante de toda a minha situação na entidade, tendo desconto de meu holerite, sendo humilhada perante funcionários e alunos, tive que buscar ajuda. Acionei a procuradoria geral da Apae, mas não obtive resposta. Desesperada e humilhada fui atrás de meus direitos. Estou ofendida, magoada. O que eu fiz foi um desabafo, quero apenas que meus direitos sejam respeitados, não falo em dinheiro, só não quero mais continuar sofrendo essa agressão moral”, afirma Fátima.

Do outro lado da sala, o presidente se defendeu, afirmando que devido as denúncias teve a sua residência pichada e que a diretora pedagógica da associação, Maristela Delgado, que não estava presente na reunião, recebeu inúmeras ameaças por telefone, além de ter sua casa apedrejada. “Tudo o que ela [Fátima] disse são inverdades que poderiam ter sido resolvidas internamente. Essas denúncias não passam de mentiras e acabaram prejudicam de maneira direta a mim e a diretora da instituição. Minha casa amanheceu toda pichada, com frases de insultos, pedindo que eu deixe a presidência, afirmando que sou corrupto e ladrão. Foi um desabafo pessoal que poderia ter sido resolvido de maneira interna”, afirma João Viveiros.

A secretária da diretoria da Apae, Aparecida Guimaro dos Reis, afirmou que toda a situação poderia ter sido resolvida de maneira mais simples. “A discussão chegou a um nível que não precisava ter chegado. Tudo isso poderia ter sido resolvido aqui dentro, em conversa, sem conhecimento da imprensa. Eu acompanho o trabalho do João, assim como acompanhei os de outros presidentes e percebo que existem alguns problemas que são complicados de se resolverem, mas reconheço que exista um interesse e vontade de que as coisas andem da maneira correta. O objetivo deve ser apenas um: o bem-estar dos alunos. É lógico que todos os funcionários e voluntários devem ser bem tratados. É necessário que haja respeito mútuo. Mas não podemos deixar que a imagem da Apae se comprometa devido a uma discussão interna”, afirma Aparecida.

A coletiva terminou com a promessa de que haverá algumas reuniões internas para discutir e resolver as denúncias junto com os professores, diretores e pais. Todas as atividades da Apae continuaram normalmente.

Reunião aconteceu em uma das salas da Apae de Artur Nogueira

Viveiros e Fátima discutiram durante coletiva 

 


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