04/12/2014

Ambulâncias de Artur Nogueira não farão mais transporte para consultas

Apenas casos de urgência, emergência ou sob prescrição médica serão atendidos com o veículo. Medida está em vigor desde o início do mês

Desde o início do mês as ambulâncias de Artur Nogueira estão transportando pacientes apenas em casos de urgência e emergência ou por pedido médico. A mudança no sistema de transporte de pacientes vem da Secretaria Municipal de Saúde e é para evitar que um caso grave fique em espera. Outros carros utilitários devem ser colocados a serviço dos casos menores.

De acordo com o secretário da Saúde, Aldo Todero, a medida tem a ver com a necessidade local. “Muitas vezes nossas ambulâncias estavam sendo utilizadas para casos em que há apenas uma febre ou um mal estar, é claro que estes também são casos a serem cuidados, mas a prioridade deve sempre estar nos casos de urgência e emergência, quando também há risco de vida”, detalha.

Com as mudanças as ambulâncias só farão o transporte de pacientes mediante prescrição médica quando houver necessidade de retorno.

Hoje Artur Nogueira conta com seis ambulâncias, sendo que três são de uso exclusivo para resgates, duas para transferências de casos de emergência e uma à disposição dos pacientes, que agora só será usada nos casos em que o médico solicitar retorno de paciente e identificar necessidade de transporte.

A artesã Scarlett Costa, de 29 anos, precisou do serviço de transporte do sistema de saúde durante o mês de outubro, quando fez uma laqueadura. “Utilizei três vezes para ir a Sumaré”, lembra. Para ela a nova medida trará vantagens para o município. “Acho certo, porque às pessoas usam a ambulância para um caso simples, sendo que outra pessoa que precisa acaba ficando sem.” Scarlett mora no bairro Orlando Correa Barbosa e quando precisou ir a consulta no outro município foi levada por um outro carro, que não era a ambulância.

Já a dona de casa Kelly Oliveira, de 17 anos, não vê a medida com bons olhos. Isso porque, segundo ela, quando precisou do transporte da ambulância para o filho de 15 dias que estava com coqueluche, o veículo se atrasou demais e em outra vezes nem apareceu, por isso acredita que a situação fique pior se o transporte ocorrer apenas com prescrição médica. “Levei ao pronto socorro duas vezes a pé pois disseram que não tinha ambulância”, lembra. “E acho assim, se as pessoas pedem uma ambulância, nem que seja por causa de uma febre, uma tosse, é porque precisam, e isso também pode se tornar uma coisa mais grave se não for tratado no momento.”

As ambulâncias de Artur Nogueira já chegaram a registrar 2 mil quilômetros rodados em um único dia. “E isso apenas no buscar e levar gente. Mas a ambulância não foi feita para isso”, frisa Todero.

Ainda de acordo com o secretário de Saúde, um outro veículo será disponibilizado para transportar os demais pacientes que não entram nos casos de urgência e emergência e que não possuem prescrição médica para o uso da ambulância. “Vamos colocar um veículo para fazer esses outros transportes. E assim que as vagas do veículo forem preenchidas ele seguirá um itinerário para levar estes pacientes”, explica. “Não estamos tirando de ninguém o transporte, estamos racionalizando para que todos sejam bem atendidos.”

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