02/12/2016

Alunos de Artur Nogueira serão premiados na Olimpíada Brasileira de Matemática

Ao todo são 4 medalhistas de bronze e 1 de prata

Texto: Daniela Fernandes / Fotos: Diego Faria

Cinco estudantes de Artur Nogueira irão receber medalhas na 12ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Os resultados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). A disputa contou com aproximadamente 18 milhões de estudantes em todo o Brasil, maior competição do gênero no mundo. Ao todo são 4 medalhistas de bronze e 1 de prata em Artur Nogueira.

Vinicius da Silva Gomes (prata) da Escola Estadual Severino Tagliari, Danilo Barbosa da Silva (bronze) da E. E. José Amaro Rodrigues, Igor Pereira da Silva (bronze) da E. E. Prof. Armando Falcone; Isabella Esperança (bronze) e Ruan dos Santos Zia (bronze) da E. E. Prof. José Apparecido Munhoz foram os alunos que representaram o município e garantiram a boa classificação na competição.

Daniela Garcia, professora de matemática de Vinícius, afirma que ele é um excelente aluno. “Muito participativo, muito compromissado e dedicado. Nós, docentes, notamos que a família dele é muito envolvida com a educação do jovem. Notas excelentes, e não apenas em matemática. Sem dúvida a medalha foi merecida”, conta com orgulho no olhar.

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Professora e estudante comemoram juntos a premiação

Visivelmente humilde, Vinícius de 12 anos diz que participou no ano passado e recebeu menção honrosa na OBMEP, mas o adolescente procurou progredir e se esforçou ainda mais. Se dedicou e conseguiu ganhar medalha de prata neste ano. “Estou muito feliz, estudei muito e vou ser premiado com a medalha de prata. É uma grande realização”, comemora. Indagado se irá se inscrever para o próximo ano, o estudante disse sem hesitar que “com certeza participará”.

Outro estudante que vai receber uma medalha é Igor. Descendente de indígenas, o garoto aos 12 anos já se tornou referência na família e na escola onde estuda. “Não esperava ganhar uma medalha. Gosto de matemática e acabei conquistando um prêmio. Foi algo inesperado, mas fiquei bem feliz”, diz.

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Igor Pereira da Silva, medalhista de bronze, estudante da E. E. Armando Falcone

Já sua professora, Márcia Marsola, destaca que não leciona apenas para a realização de um exame. “A gente busca preparar os alunos não apenas para a prova. Ensinamos de uma forma que abra inúmeras possibilidades de horizontes. Sou professora de matemática, mas procuro educar meus alunos para a vida. A conquista do Igor com certeza foi maior do que na sala de aula”, pontua.

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Márcia Marsola, professora de Igor, conta que se sente orgulhosa do aluno

Ao primeiro contato, a seriedade de um jovem de 13 anos impressiona. É o caso de Danilo que estuda no 7º ano da Escola Estadual José Amaro Rodrigues. Os olhos atentos e o falar cauteloso são características de quem é concentrado e possui foco. Sua professora, Cilene Sia Silveira, tece elogios ao medalhista e não disfarça a alegria em dar aula para ele. “Danilo foi um achado aqui no colégio. Desde que bati o olho nele, vi uma máquina calculadora. É realmente muito gratificante ser professora dele. A direção e o corpo docente o apoia”, declara.

O adolescente confessa que ficou triste por não ter conseguido o ouro, contudo aceitou o novo desafio de se inscrever em 2017. “É a segunda vez que participo. Desde então, procuro estudar bastante. Pesquiso e acesso diversos sites que me auxiliam no estudo. Minhas notas ficam entre 9 e 10. Creio que conseguirei em breve conquistar uma medalha dourada”, garante sorrindo discretamente.

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Cilene Silveira (professora), Graziela Ferreira (vice-diretora), Danilo da Silva (medalhista), Waldyrene Gonçalves (diretora) e Edivaldo da Silva (coordenador do Ensino Fundamental)

Por fim, Ruan e Isabela foram os dois alunos da E. E. Prof. Apparecido Munhoz que participarão da Cerimônia de Premiação da Olimpíada. A funcionária pública Sandra Lúcia Zia é mãe de Ruan e conta sobre a rotina do filho. “Me sinto muito emocionada. Só eu sei o quanto ele se dedica”, afirma com lágrimas nos olhos. E acrescenta, “ele merece. Os professores dizem que ele presta muita atenção na aula. Eu como mãe estou feliz e orgulhosa. Tenho certeza que a escola também”, acredita.

O jovem aluno revela que sua matéria preferida é matemática. “Sempre prestei muita atenção na aula e matemática é minha aula predileta. Fiquei muito feliz, pois meus pais e meus professores me incentivaram a estudar. Ano passado ganhei a menção honrosa na OBMEP, esse ano conquistei uma medalha. É bom ver que o resultado final deu certo”, admite Ruan, de 12 anos.

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Sandra Zia e o filho Ruan Zia, medalista de bronze da E. E. Prof. José Apparecido Munhoz

Segundo a assessoria da OBMEP, a cerimônia de premiação está prevista para o início do ano de 2017. O coordenador da Região Metropolitana de Campinas (RMC) entrará em contato com os alunos informando a data, o local e o horário da solenidade. Medalhistas de ouro participam da Cerimônia Nacional e os medalhistas de prata e bronze da Cerimônia Regional.

Mudanças

Criada em 2005 e realizada pelo IMPA, a OBMEP é a maior Olimpíada estudantil do país e tem como metas estimular o estudo da Matemática e revelar talentos.

O IMPA anunciou neste ano que, a partir de 2017, a Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) será integrada à OBMEP, constituindo uma única competição aberta a todas as escolas brasileiras, sem exceção. A mudança não afetará a participação das escolas públicas nas Olimpíadas, que seguirão disputando o mesmo número de medalhas atual. As provas também continuarão a ser elaboradas pela comissão atualmente responsável. A expectativa do IMPA é que, com a integração das duas Olimpíadas, a OBMEP alcance um número maior de adesões em todo país.

A OBMEP é promovida com recursos dos Ministérios da Educação (MEC) e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e tem apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).


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